O ABRAÇO

Os Verneur reservam seu sangue apenas para aqueles que verdadeiramente o merecem, os que se destacam da plebe. Homens e mulheres que têm algo impressionante a oferecer a um potencial senhor merecem consideração, mas a maioria ainda é rejeitada. Embora cada vampiro tenha suas próprias opiniões sobre a escolha de protegidos, a sociedade Verneur como um todo possui padrões rigorosos aos quais todos os neófitos são submetidos. Aqueles que não alcançam o nível esperado são desprezados por seus irmãos de sangue, negligenciados em oportunidades importantes e colocados em desvantagem.

 

Muitos futuros senhores discutem os potenciais protegidos com seus anciões, frequentemente seus próprios senhores, antes do Abraço, para avaliar a aceitação do novo Verneur pela sociedade. Com o declínio da nobreza, os Verneur começaram a prestar mais atenção às classes menos nobres, porém promissoras. Hoje em dia, é raro encontrar neófitos Verneur que possam afirmar ter sangue nobre, exceto por coincidência. Embora se considerem a aristocracia da sociedade vampírica, os Verneur não se preocupam mais com títulos mortais; sempre foi o poder associado ao título que os atraiu.

​​

A HUMANIDADE E A BESTA

A Besta se esconde no coração de todos, embora os Verneur relutem em admitir isso. Os Sangue-Azuis tentam controlar sua natureza bestial e a mantêm sob controle — ou assim acreditam.

 

Alguns reconhecem a existência do monstro interior, mas veem isso como algo que apenas afeta aqueles que não são importantes. Outros se orgulham de dominar suas emoções, acreditando que somente os mais dignos conseguem fazê-lo.

​

O autocontrole é fundamental para os Verneur, que reprimem suas emoções. Esse controle, tanto sobre si mesmos quanto sobre os outros, ajuda a definir quem são. Entrar em frenesi é um exemplo de perda de controle. Estranhamente, os Verneur sucumbem ao frenesi com mais facilidade. Apesar de quererem negar, eles sabem que cada membro é suscetível.

 

Um membro que entra em frenesi obviamente perdeu o controle. Alguns Verneur lidam melhor com essas circunstâncias, mas essas coisas acontecem. Desde o mais jovem membro até o mais importante, todos são suscetíveis a lapsos ocasionais. Talvez seja a natureza mais refinada dos Verneur que torna seus lapsos mais perceptíveis.

 

Os sinais de perda de controle podem se manifestar de várias maneiras: luxúria, acessos de raiva, comportamento incontrolável e, até mesmo — que os céus proíbam — lágrimas de frustração. Alguém que se comporta de maneira imprópria pode não só se envergonhar, mas também comprometer sua posição. Perder o controle é mais do que inconveniente; leva a erros e fraquezas que podem ser exploradas.

​

A MÁSCARA

Os Verneur são meticulosos em suas ações. Embora apreciem poder e controle, evitam cargos de grande destaque para prevenir a exposição excessiva e, assim, preservar a Máscara. Preferem assumir posições de relevância e manipular aqueles que estão no poder. Os menos talentosos fracassam, enquanto os melhores se camuflam na sociedade como banqueiros, diretores-fantasmas, magnatas reclusos e chefes de gabinete. Os dias em que um Verneur podia abertamente liderar um conselho ou ocupar uma posição proeminente acabaram.

 

Eles protegem a Máscara utilizando sua influência política e econômica, controlando informações e eliminando ameaças. Ocupam cargos importantes, manipulam a mídia e a legislação para manter a existência dos vampiros oculta dos mortais. Controlam o fluxo de informações, silenciando testemunhas e destruindo evidências que possam revelar a verdade.

​

Como principais apoiadores da Sombrarquia, os Verneur garantem que esta organização continue funcionando eficazmente para coordenar os esforços de manutenção da Máscara. Utilizam tecnologias avançadas para vigilância e controle de informações, mantendo uma rede de informantes para monitorar possíveis violações.

 

Em resumo, os Verneur combinam liderança e recursos para proteger a Máscara, preservando a segurança e o poder dos vampiros na sociedade mortal.

​

FRAQUEZAS E COMPULSÃO

Os Verneur são conhecidos por seus paladares refinados. Quando um Verneur bebe o sangue de qualquer mortal fora de sua preferência, é necessário um profundo exercício de vontade, caso contrário, o sangue será vomitado em um escarlate. As preferências são diversas: alguns Verneur só se alimentam de morenas genuínas, indivíduos com ascendência sueca, homossexuais, soldados, mortais que sofrem de estresse pós-traumático ou usuários de ópio.